FÉRIAS

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A BELA E O MONSTRO

Os meus netos trouxeram-me de volta ao país mágico da infância e deram-me a alegria de recordar contos de fadas que li aos meus filhos e contei aos meus alunos.
Os contos de fadas tiveram sempre um papel educativo, estimulante e libertador das emoções dos mais pequeninos e também enriquecedor para os adultos.
Recordo New York, Broadway,Lunt-Fontanne Theatre, dia 5 de Agosto de 2005, "Beauty and the Beast"...a satisfação, a magia, o espectáculo, as recordações, o sonho tornado realidade.
Este conto de fadas, quer lido, contado,teatralizado, infantil ou adulto será sempre uma história de referência, "A Bela e o Monstro".
Era uma vez... o pai tem de fazer uma viagem e pergunta às filhas o que elas querem que ele lhes traga.Enquanto as duas irmãs pedem tecidos caros,a Bela não pede nada. Depois de muito instada, resolve pedir uma rosa... no momento que o pai colhe a rosa, aparece o Monstro. Por castigo o pai tem de trocar uma filha pelo seu direito à vida...é Bela que aceita.Ela acaba por se apaixonar e casar com o Monstro. Nesse momento ele transforma-se num Príncipe, lindo, jovem e muito rico...
Dizem os entendidos que cada conto de fadas é um espelho mágico que reflecte aspectos do nosso mundo interior e os passos que nos conduzem do imaginário para a realidade, da imaturidade para a maturidade...se assim for, continuemos a ler, a contar e com sorrisos cúmplices, digamos aos nossos netos:-Era uma vez...

domingo, 17 de junho de 2007

PROIBIDO


"PROIBIDO", é o título de um livrinho grátis, que poderemos adquirir na próxima semana, com a revista Sábado.

Por ser "Proibido" vai ser, de certo, mais apetecido...sobre o conteúdo foram também reveladas algumas das proibições.

Incrédulos vão ficar os filhos e os netos das gentes da minha geração.

Sabiam que uma professora para casar, tinha de apresentar um atestado comprovando que o futuro marido usufruía um salário superior?

Sabiam que as enfermeiras não podiam casar?

Sabiam que a mulher não podia saír do país sem autorização do marido?

Sabiam que era proibido dar beijos na boca da namorada, na rua?

Mostrar o umbigo na praia?

Usar biquini?

Entrar no liceu sem meias?

Decotes?

Andar descalço?

Discos do Zeca Afonso? Sérgio Godinho?

Livros de Manuel Alegre?


"PROIBIDO"

Mas atenção,cuidado com as piadas, HOJE E AGORA!


Nota:eu também pedi autorização para casar com o meu maridinho...sabiam?

quinta-feira, 14 de junho de 2007

DOR PARTILHADA


Agora,sou uma alegre aposentada...mas continuo empregada doméstica de mim mesma.
Ontem resolvi passar a ferro. Passada meia hora, fiquei arrumada com dores nas costas.(Boa desculpa para pousar o meu lindo ferro a vapor e correr a sentar-me na cadeirinha que treme , me afaga docemente e me deixa "relaxada".)

Na mesa de cabeceira, um livro, chama a minha atenção-LUTO PELA FELICIDADE DOS PORTUGUESES" crónicas de Rui Zink. E não é que o Rui, na pág.148 do seu livrinho, também se queixa de dores nas costas? (Coincidências...)

Afinal ,já somos dois.
Afinal, o Rui luta pela minha felicidade, partilhando o sofrimento comigo..."Dor repartida, fica menos sentida"-que rico provérbio inventei neste momento...
Afinal, o Rui ensinou-me a não me preocupar, pois a dor, mais tarde ou mais cedo, passa.
Afinal, a dor é o nosso alarme.
Vou tentar esquecer .
Afinal, não extraí dentes sem anestesia, quando era pequena?
Afinal, não pari três filhos sem epidural?
Pronto, já desabafei a DOR que me ia na alma!
As dores vão passar...as dores vão passar...as dores vão passar...


Uma ova! As costas continuam a doer-me !

quarta-feira, 6 de junho de 2007

"A ARTE DE NÃO FAZER NADA"


Passei muitos anos da minha vida, fazendo sempre muitas coisas e sempre muito depressa. Foi uma corrida. Os dias eram curtos. Faltavam-me horas todos os dias...
Quando me apercebi, pedi ao tempo que parasse e me deixasse saborear as coisas simples da vida...e foste tu, minha amiga,que um dia me ofereceste um livrinho "A arte de não fazer nada",que vou espreitando quando preciso de relaxar, respirar fundo, descomprimir...
Não fazer nada é um luxo, achava quase impossível, mas este livrinho ensinou-me a cultivar a serenidade, a escutar, a esperar, a saborear, a meditar, a bocejar, a dormir e até a cirandar...

Aprendi que a água confrontada com uma superfície lisa -pedra, gelo ou vidro- segue sempre o seu caminho, a direito ou ziguezagueando.
Aprendi a derperdiçar o tempo e a fazer o que me apetece.
Aprendi a folhear livros, a reler artigos daquelas pilhas de revistas que vamos acumulando à cabeceira da cama.
Aprendi a olhar as plantas, os passarinhos, as formigas que entram em carreirinho pela porta das traseiras e a olhar pela janela as nuvens que vagueiam.
Aprendi a andar descalça em casa.
Duas ou três horas a ziguezaguear, deixam-me livre. O tempo pàra. Chamo-lhe paz de espírito.
E deixo-vos esta sugestão "A arte de não fazer nada" de Véronique Vienne a musa inspiradora deste momento de "cirandar".
Este fim de semana fui no grupo "ASAS" fazer a subida ,de barco, pelo rio Guadiana e andar no combóio. Foi muito bom. Nesse cirandar, até tive tempo de cheirar as flores, observar o pôr do sol ,rir e fazer mais amigos!
(As fotos foram tiradas por mim)

sexta-feira, 1 de junho de 2007

DIA DA CRIANÇA

" Por que são livres as aves,
nuvens que cruzam o céu
peixes que cortam as águas,
e outros tantos que não eu?"

Inês, Alice, Baltasar e Bárbara meus netos e todos os meninos do mundo, perdoem os adultos e sejam felizes.