MANUAL DE INSTRUÇÕES

(Sines na nossa infância)
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Encontrei há dias, uma grande amiga minha dos tempos de escola e adolescência. Não nos víamos há mais de trinta anos, certamente.
-Então,ainda és casada com o mesmo HOMEM?
Apanhada de surpresa, sorri, abanei a cabeça num gesto afirmativo.
Depois largando uma gargalhada respondi-lhe:
-Claro que sim!
-Tens de me indicar o teu "Manual de Instruções"...
Foi uma paródia. Um desfilar de recordações. Os passeios ao Farol para apanhar camarinhas, as idas à Praia, as corridas de Bicicleta, as Matinés Dançantes na Esplanada...
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Depois beijos e abraços, troca de endereços e um até muito breve.
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Já em casa, dei por mim a rir e a pensar no "Manual de Instruções"...
Realmente compramos máquinas de lavar, televisões, microondas, remédios...comida...
e lá vêm as indicações de como lavar, secar, preparar, cultivar, cozer....
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E uma coisa tão importante..."ser casada muitos anos com a mesma pessoa e ser feliz"...não tem "MANUAL DE INSTRUÇÕES"!!!!!

AMIZADE

Gosto muito de falar e também de ser ouvida... ter alguém que me dê atenção...
Os anos, porém, ensinaram-me a fazê-lo com conta , peso e medida...
Possívelmente também me tornaram mais confiante, mais segura de mim e mais capaz de saber ouvir os outros.
É esta troca que procuro quando vou ao café da Manuela, aos Galegos, à Cores e Sabores,à ASAS, ao Prosas, quando pego no telemóvel, quando envio e-mails, sms,...
E falamos, escutamos, rimos, choramos.
Não há arrogância, nem presunção, nem ares de superioridade, nem falta de solidariedade.
A vida tem mais sentido quando sabemos que temos alguém que nos escuta e que nós escutamos.
A amizade verdadeira conquista-se, troca-se e não tem preço.
É bom ter AMIGOS e AMIGAS!
E eu tenho!

(foto google)

UM OLHAR DIFERENTE...FMM...SINES

LER

DESCONTRAIR

LAVAR

MEDITAR

OLHAR

TOCAR

VESTIR

MOSTRAR

O FESTIVAL MÚSICAS DO MUNDO 2009.

INFORMAÇÕES EM www.fmm.com.pt

ESTA É 11ª EDIÇÃO

(FOTOS DA CÉU)

PEQUENAS-GRANDES "COISAS"!

Os anos passam e as nossas ideias vão mudando àcerca de como educar...
No tempo em que os meus filhos eram pequenos, os pais eram os pais e os filhos eram os filhos...
Mudam-se os tempos e as vontades mudam também...
Felizmente perdeu-se o estatuto de pais "senhores" mas deixou-se apressadamente que as crianças passassem a ser o centro de todas as atenções...algumas até passaram a comandar os adultos...e deixaram baralhados os pais que seguiam à risca os conselhos de educadores, psicólogos, políticos, médicos, familiares e amigos.
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Dar de mamar ou biberão?
Chucha na boca ou chuchar no dedo?
Fralda ou xixi no bacio aos dez meses?
Infantário com três meses ou depois dos três anos?
Ama ou avós?
Escola pública ou colégios privados?
Natação ou dança?
Música ou Karaté?
Tempos livres? Trabalhos de casa?
Televisão, telemóvel, playstation, Magalhães?!
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Ainda bem que muitos pais de hoje não são "criados" dos seus filhos e sabem manter o equilíbrio com normas e regras ajustadas... muitas Pequenas-Grandes "Coisas", aprenderam: vendo, escutando, experimentando, fazendo.
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E nestes dias senti-me muito recompensada. Parabéns "Filhotes". Foi o afecto, serenidade, muito equilíbrio, muito bom senso e muito amor...que fez da vossa filha, uma menina AMOROSA!

GAIVOTA BÉBÉ

(fotos tiradas com o telemóvel do meu filho Pedro)

Foi esta pequenina gaivota que caíu do ninho e veio parar ao pátio da nossa casa de Lagos e como todos os bébés, chorava dia e noite pelos pais.

Não sabia voar, não sabia procurar alimento.

Os pais lá do alto do telhado revezavam-se e cuidavam dela.

À noite quando tudo parecia mais calmo, desciam e traziam-lhe o calor dos seus miminhos e alimento... (restinhos de sardinhas)e conversavam toda a noite...

E não me deixavam dormir...

Hoje de manhã ensaiou os primeiros saltos e começou a voar baixinho.

Hoje de tarde quando chegámos da praia, já não a vimos...

Espero que tenha voltado para casa, para junto dos pais e das irmãs.

Grande exemplo de amor e ternura.

FU...U...U...GUE...TES

As "estórias" da minha infância já as conheço de cor e salteado, porque a minha avó as contava e agora a minha mãe resolveu contá-las, vezes sem fim.
Acontece que já nem as oiço...(desculpa mãezinha), pois sei como começam e terminam as aventuras...
Hoje, mais uma vez surgiu a história dos "fu...u...u...gue...tes".
Resolvi sentar-me e escutar pela décima... centésima vez... Não sei!!!
E por que não sei se alguém terá pachorra para um dia me ouvir...vou deixá-la escrita nesta "gaveta de memórias".
Talvez seja uma oportunidade para os meus filhos e netos dizerem daqui a uns anos:
-Ah! Ah! Essa já nós sabemos!
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Tinha 3 ou 4 aninhos. O meu pai tocava trombone na Banda da terra.
Davam concertos, animavam festas e procissões.
Foguetes e morteiros estalavam no ar...
Eu tinha imenso medo do barulho dos "Caguetes" e chorava.
A minha mãe achava piada, mas lá ia repetindo que não se dizia "caguetes"...
Depois de um dia de festa muito agitada e cansada, lá adormeci.
Sonhei... certamente com "caguetes"... e... foguetes...
Na manhã seguinte, muito cedo, saltei para a cama dos meus pais e aos saltinhos e pulinhos, gritei:
-Já sei dizer! FU...U...U...GUE...TES! FU...U...U...GUE...TES.
E não tenho medo!
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(fotos - fogo de artifício na baía de Sines)

CORAÇÃO APERTADINHO...

O dia hoje parece-me uma eternidade...
Nada acontece.
A casa silenciosa...nem uma voz, um grito, uma gargalhada.
Parece que não há um sopro de vida!
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Os brinquedos não saíram das prateleiras e estão inquietos.
As folhas de papel branco e as folhas dos jornais, desesperam.
As tintas e os pincéis, clamam.
A boneca de trapo não tomou banho.
O carrinho de lego está inteiro.
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E o meu coração está apertadinho!
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Ó meu Príncipe e minhas Princesas...venham...corram...saltem...desarrumem a casa da avó.
Voltem depressa. Beijinhos.